segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Teoria da Abordagem Empírico-Experimental ou da Persuasão





Sucedendo a Teoria Hipodérmica, ou Teoria da bala mágica, a Teoria da Persuasão desenvolveu-se a partir dos anos 40 e teve pontos importantes que se diferenciou da primeira teoria. Apesar de ainda basear-se no conceito da teoria hipodérmica, acrescenta um ponto de vista favorável a teoria: fatores psicológicos.
No mecanismo instituído pela bala mágica institui uma revisão imediata Estímulo leva a uma resposta (E -> R), sem considerar a grupos ou diferenças, apenas um grupo amorfo de telespectadores. Já na teoria da persuasão é levado a sério a concepção do telespectador, seus gostos, o fator psicológico (Estímulo -> Fator Psicológico -> Resposta), ou seja, persuadir os destinatários é possível se a mensagem se adéqua aos fatores pessoais ativados pelo destinatário ao interpretá-la.
A mensagem contém características particulares do estímulo, que interagem de maneira diferente de acordo com os traços específicos da personalidade do destinatário. ( De Fleur, 1970,122) .
A teoria faz parte do grupo das chamadas pesquisas administrativas da Escola Americana de Comunicação. Foi aplicada como suporte de campanhas eleitorais, informativas e publicitárias. Ligado a dois processos: O destinatário e fatores ligados à mensagem. Fatores que se destrincham em outros conceitos, como:

Fatores ligados ao destinatário (audiência):

·         O interesse do indivíduo em querer adquirir informação: Isso significa que para existir sucesso numa campanha, é necessário que o próprio público queira saber mais sobre o assunto que está sendo transmitido.

·         Exposição seletiva: Trata-se de saber escolher quais veículos de informação irão atingir o público-alvo com maior precisão. Exemplo: rádio? Televisão? Também serve para os produtores dos veículos descobrirem seus públicos e saber o que eles querem ver, ouvir ou ler.

·         Percepção seletiva: Os indivíduos não se expõem aos Meios de Comunicação num estado de nudez psicológica, pois são revestidos e protegidos por predisposições existentes. Como exemplo, as crenças religiosas, ideologias liberais ou conservadoras, partidarismo, preconceitos, empatias com o emissor etc.

·         Memorização seletiva: O indivíduo tende a guardar somente aquilo que é mais significativo para ele em detrimento dos outros valores transmitidos, chamados aqui de secundários. Mas também pode ocorrer o efeito latente, onde a mensagem persuasiva não tem efeito algum no momento imediato em que é transmitido, mas com o passar do tempo, o argumento rejeitado pode passar a ser aceito.

Fatores relativos à mensagem
·         A credibilidade do comunicador: Estudos mostram que a mensagem a mensagem atribuída a uma fonte confiável produz uma mudança de opinião significativamente maior do que aquela atribuída a uma fonte pouco confiável. Mas a pesquisa não descarta que, mesmo na fonte não confiável, pode ocorrer o efeito latente.
·         A ordem das argumentações: A maior força de um dos argumentos influenciam a opinião numa mensagem com múltiplos pontos de vista. Fala-se que um efeito primicy caso se verifique a maior eficácia dos argumentos iniciais. E efeito recency, caso se verifique que os argumentos finais são mais influentes.

·         O caráter exaustivo das argumentações:Tenta argumentar um assunto de forma exaustiva até esgotá-lo para convencer a opinião pública.

·         A explicação das conclusões de um determinado fato/acontecimento: Chama-se alguém com autoridade no assunto, para analisar um acontecimento ou fato, mas não há dados suficientes se esse tipo de persuasão realmente ocorre.

Assim, a pesquisa empírico-experimental observou que deve ser atendida a necessidade de atenção ao público-alvo e suas características psicológicas. Dessa forma, ela acredita que a comunicação pode obter efeitos consideráveis.

Bibliografia:

http://analisesdejornalismo.wordpress.com/2009/08/17/teoria-da-abordagem-empirico-experimental-ou-da-persuasao/



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